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FUNDAÇÃO DE ROMA

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Fundação de Roma

A Fundação de Roma é algo até hoje envolto em mistério. Os romanos elaboraram um complexo conto mitológico acerca da origem da cidade e do Estado, que se uniu à obra história de Tito Lívio e a obra poética de Virgílio e Ovídio, todos da era augustana. Naquela época, as lendas oriundas de textos mais antigos foram trabalhadas e fundidas num conto único, no qual o passado mítico foi interpretado em função dos interesses do império. Os modernos estudos históricos e arqueológicos, que se baseiam nestas e em outras fontes escritas, além de objetos e restos de construções obtidos em vários momentos das escavações, tentam reconstruir a realidade que existe no conto mítico, no qual se reconhecem alguns elementos de verdade.

A data da fundação é, a rigor, desconhecida, embora atualmente os historiadores, em meio a certo consenso, argumentam que a cidade teria sido fundada no século VIII a.C. Durante o reinado de Augusto, o historiador Marco Terêncio Varrão 116-27 a.C. estabeleceu a data como 21 de abril de 753 a.C. com base em estudos do astrólogo Lúcio Taruzio

Etimologia

O nome da cidade habitualmente é relacionado ao de Rômulo, porém há outras hipóteses acerca da possível origem de seu nome. Alguns sugerem que derive da palavra etrusca rhome que significa "duro", cognata da palavra grega rhômç que significa força, vigor; esta palavra foi inúmeras vezes citada nas diversas versões do mito da criação da cidade. Outros argumentam que possa derivar da palavra etrusca rumor que significa barulho, o que seria uma analogia ao barulho das águas do Tibre, ou então da palavra rumon, que significa "a cidade do rio". Também é importante notar que a Figueira Ruminal Ficus Ruminalis foi originalmente dedicava a deusa Rumina que presidia a amamentação: em latim a palavra "teta" significa Ruma.

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Fundação

Lenda

Na Eneida de Virgílio e na Ab Urbe condita libri de Tito Lívio, Eneias, filho da deusa Vênus foge de Troia com seu pai Anquises, seu filho Ascânio e os sobreviventes da cidade. Com este realiza diversas peregrinações que o levam, por fim, ao Lácio, na Itália. Lá ele é recebido pelo rei local Latino que oferece a mão de sua filha, Lavínia. Isto provoca a fúria do rei dos rútulos, Turno, um poderoso monarca italiano que havia se interessado por ela. Uma terrível guerra entre as populações da península eclode e como resultado, Turno é morto. Eneias agora casado funda a cidade de Lavínio em homenagem a sua esposa. Seu filho, Ascânio governa na cidade por trinta anos até que resolve se mudar e fundar sua própria cidade, Alba Longa

Cerca de 400 anos depois, o filho e legítimo herdeiro do décimo-segundo rei de Alba Longa, Numitor, é deposto por um estratagema de seu irmão Amúlio. Para garantir o trono, Amúlio assassina os descendentes varões de Numitor e obriga sua sobrinha Reia Sílvia a tornar-se vestal sacerdotisa virgem, consagrada a deusa Vesta, no entanto, esta engravida do deus Marte e desta união foram gerados os irmãos Rômulo e Remo nasceram em 2 de março de 771 a.C.. Como punição Amúlio prende Reia em um calabouço e manda jogar seus filhos no rio Tibre. Como um milagre, o cesto onde estavam as crianças acaba atolando em uma das margens do rio no sopé do monte Palatino onde são encontrados no uma loba que os amamenta; próximos as crianças estava um pica-pau, ave sagrada para os latinos e para o deus Marte, que os protege. Tempos depois, um pastor de ovelhas chamado Fáustulo encontra os meninos próximo ao pé da Figueira Ruminal Ficus Ruminalis, na entrada de uma caverna chamada Lupercal. Ele os recolhe e leva-os para sua casa onde são criadas por sua mulher Aca Laurência

Rômulo e Remo crescem junto dos pastores da região praticando caça, corrida e exercícios físicos; saqueavam as caravanas que passavam pela região a procura de espólio. Em um dos assaltos, Remo é capturado e levado para Alba Longa. Fáustulo, então, revela a Rômulo a história de sua origem. Este parte para a cidade de seus antepassados liberta seu irmão, mata Amúlio, devolve Numitor ao torno e dá a sua mão todas as honrarias que lhe fossem devidas. Percebendo que não teriam futuro na cidade, os gêmeos decidem partir da cidade junto com todos os indesejáveis para então fundarem uma nova cidade no local onde foram abandonados. Rômulo queria chamá-la Roma e edificá-la no Palatino, enquanto Remo desejava nomeá-la Remora e fundá-la sobre o Aventino. Como forma de decidir foi estabelecido que deveria-se indicar, através dos auspícios, quem seria escolhido para dar o nome à nova cidade e reinar depois da fundação. Tal gerou divergência entre os espectadores o que gerou uma acirrada discussão entre os irmãos que terminou com a morte de Remo. Uma versão alternativa afirma que, para surpreender o irmão, Remo teria escalado o recém-construído pomerium quadrangular da cidade e, tomado em fúria, Rômulo teria assassinado-o.

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Arqueologia

Autores clássicos como Tito Lívio, Plutarco e Dionísio de Halicarnasso basearam seus relatos em fragmentos de obras de escritores mais antigos, como Helânico de Mitilene, autor grego do século V a.C. Além disso, tais autores, tentaram encontrar explicações racionais para passagens improváveis do mito de criação da cidade, como p. ex. a loba capitolina. Os romanos designavam pela mesma palavra, lupa, a fêmea do lobo e a prostituta. Dessa forma, historiadores afirmam que na realidade a ama dos gêmeos teria sido Aca Laurência, mulher de Fáustulo, que teria exercido o ofício de prostituta.

Os primeiros habitantes de Roma, os latinos e sabinos, integram o grupo de populações indo-europeias originárias da Europa Central que vieram para a Península Itálica em ondas sucessivas em meados do milênio II a.C.; Latim Vetus era o antigo território dos latinos, atualmente o sul do Lácio. As colinas de Roma começaram a ser ocupadas nos primórdios do milênio I a.C.; fossas de incineração os indo-europeus incineravam seus mortos no Fórum Romano e no Palatino provam a povoação do lugar desde o século X a.C.; no Fórum Boário foram identificados fragmentos de cerâmica assim como ossos de animais. Os povoados locais eram habitados por camponeses que viviam, sobretudo, do pastoreio. Eram aldeias de planta circular sobre um soclo de madeira para isolá-las da umidade e tinham uma única porta, precedida por um pórtico; urnas funerárias representam as cabanas circulares de telhado de palha dos habitantes das colinas do início da Idade do Ferro. Estas aldeias, em caso de perigo, uniam-se em confederações para enfrentar os inimigos.

Por muito tempo postulou-se que os verdadeiros fundadores da cidade propriamente dita foram os etruscos que instalaram-se na região no século VI a.C., no entanto, recentes descobertas arqueológicas apontam para outra teoria: na parte norte do Palatino, mais precisamente no Fórum Romano, foram descobertos três recintos sucessivos sobrepostos, o mais recente datando dos séculos VII-VI a.C., enquanto os mais antigos, dos séculos VIII-VII a.C. Segundo Francis Owen, os fundadores de Roma teriam sido imigrantes possivelmente aparentados como os celtas ou germânicos, pois, segundo ele, na aparência física, a aristocracia romana diferia da maioria da população do resto da península: os registros históricos ressaltam uma grande quantidade de personalidades históricas como louras, além disso, 250 indivíduos são registrados com o nome de Flavius, que significa "loiro", e há muitos chamados Rufus e Rutilius, que significam cabelo vermelho ou avermelhado; muitos deuses romanos possuem madeixas loiras.

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Localização

Roma cresceu na margem esquerda do rio Tibre, a cerca de 25 quilômetros de sua foz, num trecho navegável do rio, portanto com acesso fácil ao mar Tirreno. Esta região, de clima temperado, em vista da sua topografia acidentada, possuí entre as colinas circundantes alguns importantes vales que, no processo de desenvolvimento da cidade, tornaram-se úteis para a mesma.

A cidade tinha as vantagens de uma posição ao mesmo tempo marítima e do interior. Situada cerca de 20 km das colinas Albanas, que constituem uma defesa natural, e numa planície suficientemente afastada do mar, a cidade não precisaria temer incursões dos piratas. Além disso, tanto o próprio rio e a ilha Tiberina como os montes Capitólio e Palatino operavam como cidadelas naturais facilmente defensáveis. Contudo, o maior triunfo de Roma quanto a sua localização foi a proximidade como o rio Tibre. Este desempenhou papel fundamental no desenvolvimento econômico da cidade porque as mercadorias que provinham do mar tinham que subir pelo curso do rio para serem dirigidas quer para a Etrúria, quer para a Campânia grega Magna Grécia. Desse modo, Roma era capaz de monopolizar o tráfego terrestre, uma vez que estava situada na intersecção das principais estradas do interior italiano. Por haver importantes salinas nas proximidades da cidade, Roma conseguiu transformar-se em ponto de mercado perfeito da "via do sal", futuramente conhecida como via Salária,da mesma forma que os rebanhos desempenharam papel primário na economia romana deste período formativo.

A data de fundação

Durante a República Romana, muitas datas foram atribuídas à fundação da cidade, no intervalo entre 758-728 a.C.. No Império Romano, a data sugerida por Marco Terêncio Varrão 116-27 a.C. foi considerada a oficial, no entanto, grandes obras como Du Jour natal 758 a.C., Fasti Capitolini 752 a.C. e Das antiguidades romanas 751 a.C. sugeriram datas diferentes. Seja como for, todas as versões concordam que o dia é 21 de abril, data do festival de Pales, deusa do pastoreio.

Entre a data convencional da Guerra de Troia 1 182 a.C. e a data aceite para a fundação de Roma 753 a.C. há um intervalo de quatro séculos, razão pela qual os romanos, durante a República, criaram a lenda da dinastia dos reis de Alba Longa, de forma a preencher o vazio de 400 anos entre Eneias e Rômulo. Os vestígios arqueológicos, no entanto, demonstram que Lavínio, Alba Longa e Roma foram contemporâneas. Além disso há quem diga que os elementos encontrados no mito de fundação são resquícios de rituais etruscos que foram incorporados pelos romanos.

EXTRAÍDO DA WIKIPÉDIA

 

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