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ARTE DA GRÉCIA

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Arte da Grécia Antiga

Por arte da Grécia antiga compreende-se as manifestações culturais de arte e arquitetura daquele país desde o início da Idade do Ferro século XI a.C. até o final do século I a.C. Antes disso Idade do Bronze, a arte grega do continente e das ilhas excetuando-se Creta, onde havia uma tradição diferente chamada arte minóica é conhecida como arte micênica, e a arte grega mais tardia, chamada helenística, é considerada integrante da cultura do Império Romano arte romana.

Os gregos, inicialmente um conjunto de tribos relativamente autônomas que apresentavam fatores culturais comuns, como a língua e a religião, instalaram-se no Peloponeso nos inícios do primeiro milênio antes de Cristo, dando início a uma das mais influentes culturas da Antiguidade.

Após a fase orientalizante de 1100 a 650 a.C., cujas manifestações artísticas foram inspiradas pela cultura mesopotâmica, a arte grega conheceu um primeiro momento de maturidade durante o período arcaico, que se prolongou até 475 a.C. Marcado pela expansão geográfica, pelo desenvolvimento econômico e pelo incremento das relações internacionais, assistiu-se nesta altura à definição dos fundamentos estéticos e formais que caracterizarão as posteriores produções artísticas gregas.

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Após as guerras com os Persas, a arte grega adquiriu maior independência em relação às outras culturas mediterrânicas e expandiu-se para todas as suas colônias da Ásia Menor, da Sicília e de Itália conjunto de territórios conhecidos por Magna Grécia.

Protagonizado pela cidade de Atenas, sob o forte patrocínio de Péricles, o último período artístico da Grécia, conhecido por Fase Clássica, estendeu-se desde 475 a.C. até 323 a.C., ano em que o macedônico Alexandre Magno conquistou as cidades-estados do Peloponeso.

As manifestações artísticas gregas, que conheceram grande unidade ideológica e morfológica, encontraram os seus alicerces numa filosofia antropocêntrica de sentido racionalista que inspirou as duas características fundamentais deste estilo: por um lado a dimensão humana e o interesse pela representação do homem e, por outro, a tendência para o idealismo traduzido na adoção de cânones ou regras fixas análogas às leis da natureza que definiam sistemas de proporções e de relações formais para todas as produções artísticas.

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 Arquitetura

A arquitetura grega apresenta uma história igualmente longa e característica. Os gregos edificaram os seus primeiros templos no século VII a.C., influenciados pelas plantas das casas micênicas que apresentavam uma sala central rodeada de colunas. Os primeiros templos eram pequenas construções na forma de cabanas, feitas de madeira, cascalho ou tijolos de barro, algumas vezes com telhado de folhas. Os templos com colunas de pedras são raros antes do século VI a.C. A partir dai, os gregos concentraram as suas pesquisas estruturais num único sistema: o trílito formado por dois pilares de apoio e por um elemento horizontal de fecho.

Na arquitetura, as formas variavam pouco de região para região. Os templos eram construídos com linhas retas retangulares, sem arcos nem abóbodas. O projeto era simples: uma construção de forma padronizada retangular sobre uma base ou envasamento de geralmente três degraus, com colunas no pórtico, na extremidade oposta ou em todos os seus lados e o entablamento de remate. O núcleo do templo era uma zona fechada, formada por uma ou mais salas, onde era colocada a estátua do deus. Este espaço era envolvido por pórticos com colunas que suportavam a cobertura de duas águas, construída normalmente em madeira e rematada por dois frontões triangulares. Sendo as cerimônias realizadas ao ar livre, os arquitectos gregos preocuparam-se mais com a sua imagem exterior do que com o espaço interior, reservado aos sacerdotes. As estátuas e as paredes dos templos eram, muitas vezes, desenhadas, mas nada dessa arte chegou até nós.

Apesar da quase total normalização da forma do templo, existiram algumas exceções, como o templo de planta circular, designado por tholos, ou a substituição das colunas por estátuas femininas cariátides no pórtico lateral do Erectéion, outro dos templos erguidos na Acrópole de Atenas.

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Os gregos não usavam o arco; para suas construções, para produzirem efeito, dependiam dos fortes contrastes entre luz e sombra nas superfícies horizontais e verticais. Figuras esculpidas preenchiam o frontão de cada extremidade da construção e relevos apareciam nas vigas apoiadas pelas colunas. A escultura normalmente evocava a história de um deus ou herói do lugar. Frontões apresentando elaboradas cenas de ação foram encontrados nos templos de Egina início do século V a.C., Olímpia e no Partenon meados do século V a.C.. Nos relevos, os artistas precisavam esculpir, em planos diferenciados por poucos centímetros, figuras que avançavam e recuavam no espaço. Este efeito foi brilhantemente alcançado no friso do Partenon de Atenas, onde cavaleiros são apresentados em grupos.

Este esquema tipológico foi concebido como um modelo que se repetiu indefinidamente por todo o território grego, assumindo algumas variações que dependiam fundamentalmente do sistema formal adotado. Na arte grega foram desenvolvidos três sistemas formais: a ordem dórica, a jônica e a coríntia. A ordem dórica era a mais simples. A jônica, mais esbelta, tinha um capitel decorado por duas volutas. A ordem coríntia, que surge somente na época clássica, era ainda mais esbelta e ornamentada, sendo famosa pelo seu alto capitel em forma de sino invertido, decorado com folhas de acanto. No período arcaico eram usados os estilos dórico e jônico. O estílo coríntio apareceu mais tarde. O Pártenon e o Templo de Teseu são de estílo dórico. O Erectéion e o Templo de Atena Nike, ambos erguidos em Atenas, são de estilo jônico.

Os templos da Acrópole de Atenas, construídos no século V, representam o apogeu da arquitetura grega. O Parténon, reconstruído em 447 a.C., tornou-se no mais importante templo dórico da Grécia.

Outra das mais importantes invenções da arquitetura grega foi o anfiteatro, geralmente construído na encosta duma colina, aproveitando as características favoráveis do terreno para ajustar as bancadas semicirculares. No centro do teatro ficava a orquestra, e ao fundo a cena, que funcionava como cenário fixo. Dos muitos teatros construídos pelos gregos destaca-se o famoso Teatro do Epidauro.

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 Música 

Um estilo de música com um perfil original e típicamente grego já havia se estabilizado em suas formas e sistemas principais desde os tempos Homéricos, quando a récita de poesia acompanhada de um ou poucos instrumentos se tornou o gênero mais cultivado. O acompanhamento geralmente era feito com a lira, mais tarde com a kithara, e com instrumentos de sopro dos quais o mais comum era o aulos. Com o tempo desenvolveu-se um rico instrumental, que incluída diversos tipos de instrumentos de percussão, sopro e cordas, e criaram o antecessor do atual órgão num instrumento chamado hydraulis, movido a água.

A música era uma arte fortemente associada ao universo divino, era considerada um poder efetivo, e estava presente em diversos dos mitos fundadores da etnia e cultura gregas, e por extensão em virtualmente todos os momentos na vida do grego, desde o culto público até a vida na intimidade familiar.

Praticamente toda a música grega era monódica e vocal, e dependia diretamente da prosódia poética para se estruturar e desenvolver. O sistema usado pelos gregos era modal, baseado numa célula de quatro notas chamada de tetracorde. A prática foi sistematizada em maior profundidade com o trabalho de Pitágoras, que desenvolveu pesquisas científicas em torno dos efeitos dos sons e de suas combinações, e fortaleceu as antigas e estritas associações de cada modo com determinado ethos. Na época de Platão as regras antigas começaram a sofrer uma dissolução, e os músicos passaram a explorar novidades rítmicas e melódicas sem as fortes associações transcendentes dos primeiros tempos, inovações defendidas por Aristóteles a partir de uma abordagem humanística e psicológica e não tanto religiosa e ética.

Além da profusa documentação literária e visual e do sistema modal, que permaneceria influente até a Idade Média, das obras musicais propriamente ditas da antiga Grécia infelizmente pouco restou salvo um punhado de fragmentos de notação, cujo deciframento exato ainda é motivo de debates acadêmicos.

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 Artes plásticas

A principal característica das artes plásticas gregas está no fato de serem essencialmente públicas, pois era o Estado que patrocinava as obras como fontes, praças, templos, etc. Mesmo quando encomendadas por particulares, eram frequentemente expostas em locais públicos. Nas artes plásticas, evidencia-se a combinação do naturalismo detalhes dos corpos, como, por exemplo, o vigor dos músculos com a severidade e a regularidade do estilo.

Escultura

Foram poucas as esculturas gregas que sobreviveram ao tempo. As obras atualmente conhecidas são cópias realizadas durante o período romano. Estatuetas de bronze sólido, retratando homens e especialmente cavalos, constituem os exemplos mais remotos de escultura grega.

As primeiras estátuas de pedra, quase do tamanho humano, datam de 650 a.C.; são pesadas e unidimensionais. No início deste "período arcaico", o escultor representava superficialmente as feições e músculos, evitando cortar a pedra com profundidade. As estátuas do período arcaico revelam evidentes filiações na arte mesopotâmica, na arte egípcia e na arte da Ásia Menor. Nesta fase houve dois tipos de estátuas que tiveram especial divulgação: o Kouros e a Koré , a figura masculina e a feminina, respectivamente, em pé, numa pose de grande rigidez e frontalidade. Naquela época as esculturas deveriam ter figuras masculinas nuas, eretas, em rigorosa posição frontal e com peso do corpo igualmente distribuído entre as duas pernas.

Os escultores do século VI e início do V a.C. estudaram as formas do corpo, elaborando gradualmente suas proporções. Na Grécia os artistas não estavam submetidos a convenções rígidas, pois as estátuas não tinham uma função religiosa, como no Egito. A escultura se desenvolveu livremente, tanto que as estátuas passaram a apresentar detalhes em todos os ângulos de vista, em vez de apenas no plano frontal. Nessa postura de procura de superação da rigidez das estátuas, o mármore mostrou-se um material inadequado: era pesado demais e se quebrava sob seu próprio peso, quando determinadas partes no corpo não estavam apoiadas. A solução para esse problema foi trabalhar com um material mais resistente. Começaram então a fazer esculturas em bronze, pois esse metal permitia ao artista criar figuras que expressassem melhor o movimento. As estátuas eram pintadas durante todo o período grego. Muitas delas, enterradas nas ruínas depois que os persas saquearam a Acrópole de Atenas, em 480 a.C., foram encontradas com a coloração preservada.

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Às vitórias sobre os persas, no início do século V a.C., seguiu-se um estilo sombrio e grandioso, cuja expressão característica se encontra nas esculturas de Olímpia. Foi uma época de crescente naturalismo, durante a qual o escultor, seguro de seu domínio das formas humanas, começou a representar todos os tipos de ação. Um exemplo clássico é o Discóbolo de Míron, uma estátua de um atleta atirando o disco, executado por volta de 450 a.C. originalmente em bronze, mas sobreviveu apenas em cópias romanas em mármore. Na verdade, a maioria dos escultores deste período trabalhava com bronze fundido, oco, mas não perduraram as obras produzidas até o século V a.C. Poucos exemplares de tamanho natural sobreviveram, salvo cópias, mas existe um, de autor desconhecido, que deve estar entre os maiores: é o chamado Deus do cabo Artemísion, e representa talvez Zeus ou Poseidon. Foi encontrado no fundo do mar, perto do cabo Artemísio, datando por volta de 470-460 a.C.

Fídias foi o mais importante escultor clássico. Foi protegido por Péricles para realizar em Atenas numerosos trabalhos. Entre 445 e 432 a.C., Fídias esculpiu as duas famosas e desaparecidas estátuas de Atena para o Partenon, além do Zeus de Olímpia. Elas são conhecidas apenas através de cópias e de descrições posteriores. Eram obras colossais, com adornos de marfim e ouro. As esculturas do Partenon mostram a grandeza do estilo e do desenho de Fídias, sua força esplendorosa, delicadeza e sutileza. Deve-se a este artista, ainda, os enormes frisos desse templo, actualmente expostos em Londres. Seu contemporâneo, Policleto, por volta de 440 a.C., esculpiu a estátua de um jovem empunhando uma lança, nas proporções que considerava ideais para a figura humana: o Doríforo, ou portador de lanças. Deixou também a estátua Diadúmeno. Míron, nascido em Elêuteras, na Beócia, rival de Polícleto, é o autor do célebre Discóbolo. Era perito em reproduções de animais, sendo famosa a Vaca de Míron.

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No século V a.C., a emoção começou a tomar conta da figura completa e não apenas da sua face, que geralmente apresentava um semblante calmo. Os escultores do século IV a.C., como Escopas de Paros, esforçaram-se para representar o intelecto e a emoção através das feições do rosto, o que levou ao desenvolvimento dos retratos. Os primeiros idealizavam o modelo, representando mais um tipo do que um indivíduo. O caimento das roupas tornou-se dramático, com dobras onduladas complexas para obtenção de efeitos de luz e sombra, além de indicar as diferentes texturas. O corpo humano era suave e gracioso, mas faltava-lhe a força e a dignidade das obras anteriores. Essa última fase do período clássico assistiu às melhores criações de Lísipo e Praxíteles. Pode-se observar essas mudanças nas obras de Praxíteles meados do século IV a.C., que trabalhou principalmente com mármore. Salientam-se as famosas estátuas de Hermes e Dionísio Menino 330 a.C. e a Afrodite de Cnido, de 350 a.C.. Lísipo, autor do Apoxiomenos, foi um dos derradeiros escultores clássicos, tornando-se num dos principais representantes do estilo helenístico.

No período helenístico a escultura adquiriu progressivamente características menos idealizantes e mais próximas do humano, expressando os sentimentos ou a vida interior do retratado. Outros temas, até então pouco explorados, também passaram a entrar no repertório figurativo, como a morte, o sofrimento e a velhice, com representações realistas muitas vezes dramáticas e pungentes. Novos centros de produção se formaram em cidades como Pérgamo e Alexandria, e a influência da escultura grega, seguindo as conquistas de Alexandre Magno, se estendeu sobre uma vasta área, do norte da África até a Índia. Exemplos desta fase, que em seu final se desenvolveu sob crescente influência romana, são a Vênus de Milo, a Vitória de Samotrácia e o Grupo de Laocoonte.

 

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Pintura

Da pintura grega antiga não resta hoje mais do que reduzidos vestígios, e dela pouco se sabe com segurança. Isso não significa que não houve produção, ou que tenha sido elementar, ao contrário, fontes literárias da época atestam extenso e refinado cultivo de pintura em várias técnicas desde o período arcaico, com o desenvolvimento de várias escolas distintas, e com artistas que foram celebrados por seus contemporâneos e cuja fama chegou aos nossos dias, como Polignoto, Zeuxis e Apeles. Mas devido à fragilidade dos materiais quase tudo se perdeu, exceto alguns notáveis murais em tumbas dos séculos IV e III a.C., especialmente em Vergina, na Macedônia. Sobrevive, por outro lado, expressiva produção de pintura aplicada à decoração de objetos utilitários, como os vasos.

A produção de vasos decorados com figuras pretas, em forma de silhueta, associando motivos geométricos ou vegetalistas, foi iniciada em Corinto, no século VII a.. Mais tarde, durante a época clássica, Atenas assumiu-se um dos principais centros exportadores destes objetos, definindo uma tipologia diferente, na qual as superfícies dos vasos se tornam pretas, sendo as figuras pintadas em dourado ou, mais raramente, em vermelho.

Uma outra aplicação da pintura entre os gregos era na decoração da estatuária e da arquitetura. Até há pouco tempo não havia, por falta de conhecimentos, um consenso sobre a extensão desta prática, e este fato só recentemente vem recebendo maior divulgação entre o grande público. Entretanto, a partir de pesquisas recentes se sabe que a pintura de superfície na escultura e arquitetura era uma praxe disseminada, e um dado fundamental no estilo grego como um todo. Mestres escultores como Praxiteles deixaram registrado que só consideravam suas obras acabadas depois de recobertas com tinta, o que por certo lhes emprestava uma aparência muito diversa da que hoje mostram nos museus do mundo. Em 2004 a Gliptoteca de Munique organizou uma exposição itinerante, intitulada Bunte Götter Os Deuses Coloridos, com réplicas de obras importantes decoradas segundo o que se descobriu sobre sua policromia, com resultados surpreendentes.

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Artes decorativas 

A criatividade dos antigos gregos não se limitou às assim chamadas artes maiores: a arquitetura, a escultura e a pintura, que como se viu conheceram um extraordinário florescimento, mas cultivaram uma variedade de outras técnicas cujos produtos não causam talvez tanto impacto imediato por suas dimensões reduzidas, mas que dentro de seu âmbito igualmente atingiram altos níveis de sofisticação.

A cerâmica foi extensamente cultivada ao longo de toda a história grega, desde tempos imemoriais, sendo utilizada como material para confecção de objetos votivos, decorativos e mesmo arquiteturais, além da sua rica produção de vasos decorados que já foi abordada.

Os pequenos bronzes, algumas vezes decorados com aplicações de ouro e prata, também abundam em todas as fases, e embora muitos deles possam se enquadrar na classificação de escultura, outros como os vasos, as armas, os adornos, os espelhos e objetos domésticos também amiúde receberam um tratamento que vai além do imprescindível para cumprirem sua função utilitária e se elevaram ao nível de objetos de arte. Especialmente nas colônias da Magna Grécia também se encontram notáveis artefatos em vidro.

A joalheria em ouro e prata igualmente atingiu uma qualidade excepcional, principalmente nas colônias do Mar Negro e Magna Grécia, e o trabalho com entalhe em marfins e pedras semipreciosas atingiu a perfeição com o trabalho de Dexamenos no final do século IV.

 

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Legado

A arte grega não acabou com a conquista romana e mesmo com a transição do período antigo para o medieval, ela se desenvolveu como arte helenística e, depois, como arte bizantina, constituindo a base da arte na Europa ocidental. Sua influência duradoura se deve à racionalidade e ao equilíbrio, à sua tendência em privilegiar a estética do humano e da beleza.

Extraído da Wikipédia

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